Dia 11 de novembro, no Auditório Principal do Arquivo Nacional, será exibido o filme Bravo Guerreiro, como parte da homenagem a Gustavo Dahl no REcine 2011 – Festival Internacional de Cinema de Arquivo. Outros cineastas serão homenageados, como Paulo César Saraceni e Dib Lutfi. A sessão terá início a partir das 16h.
O REcine surgiu com o objetivo de tornar as imagens das instituições de arquivo mais acessíveis aos pesquisadores, cineastas e ao público em geral, estimulando a reutilização desse material na produção de novos filmes, além de discutir temas ligados à conservação e guarda de imagens em movimento.
Em seu primeiro ano, em 2002, o REcine debateu a preservação de filmes e exibiu ao ar livre, no pátio interno do Arquivo Nacional, alguns dos primeiros filmes mudos brasileiros, verdadeiras raridades, com acompanhamento de piano ao vivo. No ano seguinte, a mostra cresceu, ganhou uma exposição e trouxe duas preciosidades para o público: Cortes da Censura Federal, a reunião de trechos censurados de filmes brasileiros no período de 1968 a 1983; e ABC da greve em versão restaurada, filme de Leon Hirszman sobre o movimento operário brasileiro, praticamente inédito no país. A primeira exposição do REcine contou com cartazes e fotos de filmes e documentos da Censura. As mesas de debates trataram da censura no cinema brasileiro e cineclubismo, e tiveram a presença de José Wilker, Vladimir Carvalho, Lúcia Murat, entre outros nomes.
O ano de 2004 foi emblemático, pois o REcine, com o tema Revoluções, se transformou num festival de cinema internacional, com cinco dias de duração, ganhou uma Mostra Competitiva, uma revista exclusiva e inaugurou a Oficina de Vídeo. Em 2005, o tema foi Televisão: uma história para ver de perto. Em 2006, chegou a vez das Vanguardas, que enlouqueceram o público com os filmes e experimentações dos gênios do cinema vanguardista mundial.
No ano seguinte, o REcine apresentou a fascinante relação entre jornalismo e cinema, com o título A imprensa no cinema. Em 2008, em homenagem aos 50 anos da conquista brasileira da Copa do Mundo de 1958, o festival usou e abusou do tema do futebol com Bola na tela: futebol, magia e paixão. A história do rádio no Brasil ocupou as telas, as mesas de debates e as páginas da Revista REcine no ano de 2009. E, finalmente, em 2010, a grandeza da música brasileira, fartamente registrada por cineastas das mais diversas nacionalidades, foi cantada em verso e prosa em Movimentos da música brasileira no cinema.
Para comemorar dez anos de existência, o REcine 2011 vai celebrar a presença italiana no cinema brasileiro e será uma das atividades programadas para o Momento Itália-Brasil, série de eventos culturais, econômicos, gastronômicos e esportivos promovida pelos governos brasileiro e italiano, que tem por finalidade estreitar os laços de amizade entre os dois países.
No total, serão exibidos 187 filmes que mostram a poderosa influência que os italianos exerceram sobre o nosso cinema, desde os primórdios até o Cinema Novo e na fundação da Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Obviamente, não poderia faltar uma seleção de obras-primas dos mais renomados diretores italianos na programação do REcine.
Gustavo Dahl (1938-2011)

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