Em clima de Copa do Mundo, a TV Brasil já está em campo com atrações especiais para celebrar a paixão nacional pelo futebol. Entre os programas, a série 1958 – O Ano em que o mundo descobriu o Brasil e o Repórter África – Copa 2010, que vai acompanhar diariamente todos os lances dos jogos. Outras novidades voltadas para o futebol estarão na tela com os programas De Lá pra Cá, trazendo uma série de cinco capítulos, o 3 a 1, Observatório da Imprensa, Caminhos da Reportagem e Segue o Som. Uma nova série de interprogramas também foi escalada para o meio de campo e vai mostrar a relação entre brasileiros e africanos que moram no Brasil.

A série 1958 – O Ano em que o mundo descobriu o Brasil é o resultado do trabalho de seis anos do diretor José Carlos Asbeg. Ele entrevistou jogadores como Didi, Zagallo, Nilton Santos, Zito, Moacir, Dino, Pepe, Djalma Santos, Mazolla e Índio, além de jornalistas brasileiros e suecos, para recuperar histórias esquecidas ou mesmo inéditas da campanha do primeiro título brasileiro. O segundo episódio será exibido no próximo sábado (12), às 22h.

Já o Caminhos da Reportagem de quinta-feira, 10 de junho, às 22h, conversa com o jornalista Juca Kfouri, o radialista Apolinho, jogadores e ex-jogadores como Roberto Dinamite e Sócrates, técnicos e outras personalidades para um debate sobre o lado C e D. A história dos atletas que disputam as segundas e terceiras divisões e, longe dos holofotes, sobrevivem com um salário mínimo.

Em seguida, às 23h, para acompanhar todos os lances dos jogos do mundial, a emissora exibe o programa Repórter África – Copa 2010. Rodrigo Viana apresenta diariamente a revista esportiva e traz convidados das áreas artística e cultural que vão analisar o mundo do futebol sob diversas visões. E direto da África do Sul, os repórteres Carmem Célia, Herbert Hennnig e Rogério Bastos irão acompanhar a seleção brasileira.

No sábado, 12 de junho, às 23h, a faixa Programa de Cinema exibe Zico, o Filme, de Eliseu Ewald. No mesmo dia, Segue o Som, à 1h30, mostra a relação entre música e futebol com a presença do craque Júnior, ex-jogador do Flamengo e da seleção. Já no sábado, 19 de junho, às 23h, a emissora exibe Boleiros II – Vencedores e Vencidos, de Ugo Giorgetti.

 

Repórter África estreia nesta quinta, 10 de junho

 

 

Especialmente criado para acompanhar a Copa do Mundo deste ano, o Repórter África – Copa 2010 estreia nesta quinta-feira (10), às 23h. A cada edição, convidados do mundo da arte e da cultura compartilham suas diferentes visões sobre o mundo do futebol.

Para mostrar os vários lados da competição mundial, o Repórter África conta com quadros inéditos. Em Vuvuzela Neles!, Naná Nascimento invade colônias estrangeiras ou de outros estados instaladas no Rio de Janeiro. Numa mistura de ritmos e culturas diferentes, o programa mostra personagens inusitados, unidos por uma mesma paixão pelo futebol. O nome do quadro é uma alusão à famosa corneta utilizada pelos torcedores da África do Sul.

Já o Diário Copa traz flagrantes de cenas do cotidiano africano com pequenas gravações no estilo “câmera na mão”. E para quem ainda pensa que só homem se interessa por futebol, a nova atração vai provar o contrário. Luciana Baptista media um bate-papo sobre as últimas da Copa do Mundo com mulheres das mais variadas idades, profissões, classes sociais e culturais, todas apaixonadas pelo esporte.

Horário: De segunda a sexta, às 23h; sábados, às 21h30; e domingos, às 21h.


 

 

De Lá pra Cá aborda a Copa de 70 e os Anos de Chumbo

O De Lá pra Cá está exibindo uma série especial sobre as Copas do Mundo vencidas pelo Brasil. Ancelmo Gois e Vera Barroso apresentam cinco programas que traçam um paralelo entre as conquistas brasileiras e os fatos históricos ocorridos nos anos dos Mundiais de 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Eles ainda revelam curiosidades e revisitam alguns locais marcantes de cada campeonato.

O episódio de domingo (13) vai se dedicar à Copa de 70. Em 1969, é decretado o AI-5. O regime ditatorial entra na fase mais radical de repressão e de censura. A sociedade vivia os anos de chumbo e torcer pela seleção era torcer pela vitória da ditadura. Mas esse cenário se transformou quando a seleção em 1969, comandada por João Saldanha, saiu invicta das eliminatórias. É justamente sobre a relação entre a ditadura e a Copa de 70 que os jornalistas Ancelmo Gois e Vera Barroso vão discutir neste programa.

“Brasil: Ame-o ou Deixe-o”. O slogan criado na época da Copa do México indica a atmosfera daqueles anos. Em 1970, o Brasil sagrou-se tricampeão e assumiu a hegemonia mundial do futebol. Porém, contrariando todas as projeções feitas antes do campeonato, a ditadura não foi a mãe dessa vitória. Como conta o historiador Francisco Carlos Teixeira. ” O que ganhou grande destaque foi o milagre brasileiro com um crescimento de 11% ao ano”, enfatiza.

No campo, Zagallo substitui João Saldanha. “Eu fiquei na expectativa, estava fora do país quando me avisaram da escolha”, relembra o ex-técnico na conversa com Vera Barroso. E ainda comenta a estratégia que utilizou para montar o time e o esquema tático.

A saída de Saldanha gerou grande polêmica. No entanto, para o jornalista João Máximo, que também participa do programa, foi uma decisão acertada. “O Brasil não ganharia a Copa de 70 com o João Saldanha de 70”, resume. Já o historiador Roberto da Matta lembra algumas declarações do técnico nas quais ele afirmava que “não iria convocar Pelé porque ele estava míope”.

Polêmicas à parte, a seleção se destacou e, junto com essa conquista, veio também o título de país do futebol arte, comentado até por outros times participantes. E mais: depoimentos de jogadores da seleção mexicana, que integram o curta Guadalajara 70, do cineasta Felipe Nepomuceno. Ele conversa com Vera Barroso e explica a origem do seu apelido ‘México’.

 

Apresentação Ancelmo Gois e Vera Barroso.
Direção geral José Araripe Jr.

Horário: Domingos, às 18h; reprise, sextas, às 20h30.

 

1958 – O Ano em que o mundo descobriu o Brasil

 

 

 

No dia 29 de junho de 1958, com apenas quatro minutos de jogo, a Suécia, país anfitrião da Copa do Mundo, marcava contra o Brasil o primeiro gol na grande final do torneio. Sem ligar para as comemorações que tomaram as arquibancadas do Estádio de Rasunda, em Estocolmo, Didi pegou a bola do fundo da rede, caminhou até o meio de campo animando os companheiros, surpreendendo a torcida local e alguns pessimista que já começavam a prever um novo 1950 ( naquele ano, o Brasil perdeu o título para o Uruguai em pleno Maracanã). Minutos depois, a seleção brasileira empatava e acabaria vencendo por 5 a 2. Para muitos, a atitude do atleta ajudou a acabar de vez com o complexo de vira-lata que, segundo Nélson Rodrigues, impedida o sucesso dos brasileiros no exterior.

Este e muitos outros lances importantes da conquista da primeira Copa do Mundo pelo Brasil, assim como depoimentos de jogadores, pesquisadores e jornalistas, estão na série 1958 – O ano em que o mundo descobriu o Brasil, que será exibida em cinco partes, sempre aos sábados, às 22 horas nos dias 5, 12 , 19, 26/6 e 3/7.

Ao longo de seis anos,  o diretor José Carlos Asbeg entrevistou jogadores como Didi, Zagallo, Nilton Santos, Zito, Moacir, Dino, Pepe, Djalma Santos, Mazolla e Índio, além de jornalistas brasileiros e suecos, para recuperar histórias esquecidas ou mesmo inéditas desta campanha. Também mergulhou em arquivos da Fifa, de publicações, produtoras e emissoras de televisão da Suécia, Pais de Gales, Inglaterra, França, Áustria, Rússia, Itália e Peru. Vasculhou ainda jornais e revistas brasileiros para mostrar todos os detalhes dos seis jogos que levaram à conquista da taça Jules Rimet. Como, na época, os recursos para registros dos jogos eram bastante limitados, muitas imagens da conquista somente foram apresentadas ao público brasileiro em 2007, quando foi lançado o filme 1958 – O ano – o ano em que o mundo descobriu o Brasil, produção que originou a série.

Os cinco episódios acompanham a Seleção Brasileira desde o inacreditável resultado de 1950, passando pelo vexame de 1954, detalhando lances e histórias de Brasil 3 x Áustria 0, Brasil 0 x Inglaterra 0, Brasil 2 x União Soviética 0, Brasil 1 x Pais de Gales 0 e Brasil 5 x França 2, até a vitória do Brasil por 5 x 2 conta a Suécia.

1958 – O ano… mostra que, tão importante quanto a conquista pela primeira vez da Copa do Mundo, foi a revelação de Pelé, o maior jogador de todos os tempos, e o fenômeno Garrincha, o maior driblador que o futebol já conheceu. Ao lado deles, uma incrível mescla de veteranos e novatos onde despontava a classe de Gilmar, a liderança de Nilton Santos, a categoria de Didi, a raça de Bellini e Orlando, o folego de Zagallo, a valentia de Vavá, o equilíbrio de Zito e a regularidade de De Sordi e Djalma Santos.

 

Segundo episódio

A chegada da equipe brasileira à Suécia e o perfil das seleções favoritas – Suécia, Alemanha, França e União Soviética – estão no segundo episódio, que será exibido no sábado (12). A concentração em um isolado vilarejo e um bom começo – com a vitória sobre a Áustria –  seguido de um tropeço e o empate com a Inglaterra fecham o programa da semana.

A expectativa do jogo contra a União Soviética, partida que poderia eliminar o Brasil e a escalação de Pelé e Garrincha, estão no terceiro episódio, de 19 de junho. Um show de bola garante a vitória de 3 a 0 e a classificação para as quartas de final. O adversário na nova fase foi o País de Gales. E o resultado, uma vitória apertada – 1 a 0 – com o primeiro gol de Pelé no torneio.

Na semi-final, o Brasil, com a melhor defesa, enfrentou a França, o melhor ataque, onde despontava Fontaine, artilheiro da Copa. Um jogo tenso com gols marcados logo nos primeiros minutos da partida, a saída do capitão francês Jonquet, com a perna fraturada após uma disputa com Vavá, e finalmente a vitória de 5 a 2 dos brasileiros. Esses serão os destaques no penúltimo episódio, que será transmitido no dia 26 de junho.

No último episódio, em 3 de julho, a grande final contra a Suécia. Após Didi pegar a bola na rede brasileira e colocar no meio do campo, ignorando a vantagem sueca no início da partida, um novo show de Garrincha vira o jogo. No segundo tempo, o destaque foi Pelé e, finalmente, o título com outra vitória de 5 a 2. A volta festiva ao Brasil e o fim do complexo de vira-lata abrem as portas para novas conquistas.

 

Direção José Carlos Asbeg.
Produção José Carlos Asbeg, Patrícia Reis e Ruy Celestino.
Edição Arthur Frazão.
Narração Milton Gonçalves.

Horário: Sábados, às 22h.

 


 

 

 

Futebol e Política das Copas do Mundo no 3 a 1 desta quarta-feira

 

 

O 3 a 1 desta quarta-feira (9), em rítmo de Copa do Mundo, mostra que de 4 em 4 anos, grande parte da população do país se mobiliza para torcer pela seleção de Futebol, o esporte mais popular do planeta. Sua história de vitórias e derrotas guarda episódios que podem ser definidos como de catarse e comoção social.

Extrapolando as quatros linhas, o historiador Joel Rufino escreveu o livro História Política do Futebol em que resgata registros sobre a manipulação política deste esporte de massa pelos governos de diferentes épocas.

Já o escritor Carlos Vilarino traçou um retrato do mais controvertido técnico da seleção canarinho de todos os tempos: o jornalista João Saldanha. Junto com Nelson Rodrigues Filho, jornalista e diretor teatral, Joel Rodrigues e Carlos Vilarino, participam de uma mesa redonda diferente, onde o que está em Jogo são as ligações perigosas entre Futebol e Política.

 

A apresentação e a mediação da mesa redonda deste 3 a 1 é do Jornalista Luiz Carlos Azedo.


 

 

 

Caminhos da Reportagem – O lado C e D do Futebol

O programa Caminhos da Reportagem de quinta-feira (10) vai mostrar que o futebol não é símbolo apenas de altas cifras. Essa edição vai revelar como vivem, longe dos holofotes, jogadores, dirigentes, comissão técnica, juízes, empresários e torcedores de times de menor expressão, e como eles enfrentam as dificuldades do dia a dia.

Caminhos vai informar, com números oficiais, que o salário mínimo é a fonte de renda de mais da metade dos jogadores profissionais no Brasil. A fortuna e o padrão de vida, que muitos acreditam ser naturais entre os jogadores de futebol, são privilégios para apenas 3% deles.

A equipe do programa mergulha no universo de clubes que disputam segundas e terceiras divisões estaduais para ver de perto como são os jogos, os estádios, a torcida, as curiosidades e, principalmente, os jogadores desses times. As dificuldades dos atletas que sonham em ganhar dinheiro com o futebol em momentos diferentes estarão na tela: a peneira para entrar em um grande clube, a luta para chamar a atenção jogando por um time de pouca expressão e o drama na hora de encerrar a carreira.

Para debater perguntas como, “é ilusão apostar no futebol para melhorar de vida?”, o Caminhos da Reportagem convidou pessoas com experiência no esporte. Entre eles, o jornalista Juca Kfouri, o radialista Apolinho, jogadores e ex-jogadores como Roberto Dinamite e Sócrates, técnicos e outras personalidades. A equipe viajou para Porto Alegre e lá visitou Esporte Clube Cruzeiro e o Aimoré. Na Bahia, o programa conheceu alguns times das cidades de Itabuna e Jequié. E, no Rio de Janeiro, os clubes do Tigres do Brasil, Barcelona, Bonsucesso, Flamengo e Vasco.

 

Repórter Flávio Winicki
Edição Isabelle Gomes
Produção Vivian Carneiro e Laine Fabrício

Horário: Quintas, às 22h. Reprise aos sábados, à 0h35.

 

DOCTV – Fora de Campo

 

Na semana em que o mundo volta os olhos para as estrelas milionárias da Copa do Mundo, o Doc TV desta quinta-feira (10) mostra a vida difícil dos jogadores de futebol que nunca saíram do anonimato. Em Fora de Campo, o diretor Adirley Queirós explora os dramas de seis personagens que jamais chegaram à primeira divisão dos campeonatos. Uma realidade pouco vista, que corresponde à da grande maioria dos esportistas brasileiros.

Participam do documentário: Bezerra, Maninho, Wlade, Bé, Marquinho Carioca e Paulo da Grécia. Dentre esses, apenas Maninho ainda não se aposentou do futebol. Na segunda divisão do campeonato brasiliense, o jogador trabalha sem carteira assinada. Os outros, desemparados, tiveram de recorrer a novas ocupações depois de passarem da idade para o esporte: são seguranças, enfermeiros, comerciantes ou até árbitros de várzea.

Morador de Ceilândia, no Distrito Federal, Adirley Queirós é também diretor do documentário Rap – O Canto da Ceilândia. O curta conquistou mais de dez prêmios nos festivais nacionais, entre eles o de melhor filme, tanto pelo júri popular, quanto pelo oficial, no Festival de Cinema de Brasília. Fora de Campo foi selecionado entre vinte projetos inscritos no concurso do Doc TV IV brasiliense.

Duração: 52 minutos. Autor e Diretor: Adirley Queirós. Co-produção: Adirley Queirós | Studio Treze | Empresa Brasil de Comunicação – TV Brasil | ABEPEC – Associação Brasileira de Emissoras Públicas, Educativas e Culturais

Horário: Quinta-feiras, às 23h Reprise: Domingos, 1h45.

 

Programa Especial mostra as delícias dos países da Copa

 

O Programa Especial entra no clima de Copa do Mundo apresentando uma série especial de reportagens. Quem comanda a torcida é Fernanda Honorato, que vestiu a camisa da Seleção. Ao longo de três episódios, ela vai aprender receitas típicas dos países adversários do Brasil na primeira fase da Copa.

No primeiro episódio, que vai ao ar no próximo dia 11, a repórter Fernanda Honorato vai ao Saara, uma zona de comércio popular no Rio de Janeiro. Ali, já equipada com blusas, chapéus, cornetas e bandeirinhas, ela quer saber o que o verdadeiro torcedor precisa para dar sorte ao time e ainda descobrir quais são as expectativas das pessoas em relação à Copa.  Depois, a repórter foi conhecer um pouco da cultura do primeiro país que a seleção brasileira vai enfrentar: a Coréia do Norte. Fernanda visitou um restaurante oriental em Itaipava (RJ) para aprender uma típica receita norte-coreana. Juntamente com a cheff Mu Mu San, elas fizeram o Pajeon,  uma panqueca aberta de vegetais, e o Deji Galbi, uma  costeleta de porco grelhada que deve ser temperada por seis horas ou mais.

No dia 18 de junho, vai ao ar a segunda reportagem. Fernanda Honorato descobre a culinária da Costa do Marfim, o segundo desafio da equipe brasileira. Apesar de pouco conhecida, a gastronomia da Costa do Marfim é muito rica e variada. Entre seus pratos mais apreciados estão alguns tipos de presuntos e doces de nozes.

O último episódio da série está marcado para o dia 25 de junho. Fernanda vai preparar o terceiro prato que vem de Portugal e é muito apreciado pelos brasileiros: a bacalhoada. A repórter visitou um tradicional restaurante português no Rio de Janeiro para saber todas as dicas e fazer um bom bacalhau.

 


 

 

Programa de Cinema – Zico, o Filme  

 

 

Caçula entre seis irmãos, Arthur Antunes Coimbra, o Zico, tem sua história contada neste documentário de Eliseu Ewald. O filme retrata a vida do craque rubro-negro e a saga vivida por ele para chegar ao posto de ídolo do futebol brasileiro.

Menino ainda, jamais imaginou o sucesso que estaria para experimentar ao ser levado para treinar no Flamengo. Foi o radialista Celso Garcia o responsável pelo inicio da carreira daquele que seria um dos maiores astros do futebol brasileiro.

Modesto Bria, o treinador das categorias de base do clube da Gávea, quase não acreditou quando Garcia lhe apresentou o menino. “É muito franzino. Não dá!” disse o técnico. Mas a perseverança de Garcia, felizmente, foi maior que o preconceito inicial de Bria e Zico acabou sendo chamado pra treinar. Naquele momento, começava a saga do maior artilheiro do Flamengo de todos os tempos, o segundo maior artilheiro da Seleção Brasileira, atrás apenas de Pelé, e o líder do time rubro-negro em suas maiores conquistas.

Zico sempre teve que suar muito para conseguir o que queria. “Tive de matar um leão por dia para provar o meu valor”, lembra o craque. Primeiro, para ser jogador de futebol. Franzino, precisou submeter-se a sessões intermináveis de musculação e a dietas ultra rigorosas para adquirir massa muscular e suportar os choques naturais com os marcadores adversários.

Mais tarde, depois da conquista de três Campeonatos Brasileiros, um Tricampeonato Carioca, uma Taça Libertadores e um Campeonato Mundial Interclubes, Zico finalmente calou os críticos e conquistou a admiração geral. Ao encerrar a carreira no Japão, endeusado até hoje pelos admiradores lá do outro lado do planeta, Zico transformou-se num personagem histórico do futebol mundial.

 

Ano de Produção: 2002. Gênero: Documentário. Direção: Eliseu Ewald.

Horário: Sábados, às 23h

Livre

 

 

Segue o Som – Programa entra no clima da Copa com o ex-jogador Júnior

 

De quatro em quatro anos chega aquele momento em que todos param pra assistir a um dos maiores espetáculos esportivos do planeta: a Copa do Mundo de Futebol. E o Segue o Som entra no jogo e seleciona músicas vindas dos 32 países participantes. São tantos sons diferentes que não couberam todos em um único programa. Por isso, na semana que vem, o Segue o Som continua com o Especial da Copa

Pegue sua tabela e confira, neste programa, o som dos países que jogam nos grupos A, B, C e D e uma super entrevista com o ex-jogador e comentarista esportivo Júnior, que foi um dos primeiros jogadores de futebol a soltar a voz e gravar um samba, o memorável “Povo Feliz – Voa canarinho, voa”. Junior fala da carreira como jogador, da música em sua vida e de futebol, é claro. E a seu pedido, o Segue o Som mostra o clipe de Arlindo Cruz, “Meu Lugar”.

Para começar a viagem musical pelos países do grupo A, da África do sul, o país anfitrião da copa, o som do DJ Sbu e o clipe da música “Vuvuzela Bafana”. O programa mostra o Candombe, ritmo de origem africana, que vem lá do Uruguai e relembra a música mariachi e o violino clássico de Ruben Fuentes. E para fechar o grupo A, o programa vai à França com Serge Gainsbourg, um dos mais famosos cantores e compositores franceses do século XX, que, com a atriz Brigitte Bardot, canta a música “Comic Strip”.

Passando ao grupo B, diretamente da Argentina, uma mistura do funk, rap e pop com o bom humor de Ilya Kuryaki & The Walderramas, e o clipe da música “Coolo”. Da Coréia do Sul, ligada ao movimento k-pop – surgido no final dos anos noventa – as meninas da banda Jewerly e o clipe “Super Star”. Da Coréia pop à Grécia clássica, Nana Mouskuri e, da Nigéria, um dos maiores fenômenos da música no país: Ayo – nome que, em Yorubá significa prazer – e o clipe da música “Slow Slow, Run Run”.

Representando a Inglaterra – e não poderia ser diferente – os Beatles e o clipe da música “Revolution”. O Segue o Som mostra ainda o Rai, ritmo que ficou conhecido com o argelino Khaled, para relembrar, o clipe da música “El Arbi”. Dos EUA, o White Stripes e música “Seven Nation Army”, que virou hino de quase todas as torcidas de todos os times da Europa. A Eslovênia também é lembrada pela banda Brasov e o clipe da música “Homem Objeto”.

Da Alemanha, a música clássica de Beethoven e Wagner e o rock de Nina Hagen. Gana mostra a música que está dominando as rádios do país: o hip-life, descendente direto do high-life, representado por Abrafor e a música “Ako”. E, para viajar até à Sérvia e homenagear o famoso jogador de futebol Petkovic, o “Funk do Pet”. Fechando o programa, tem a australiana Midnight Oil, uma das bandas de rock mais politicamente atuantes do mundo, e a música “Beds Are Burning”.

 

Apresentação Maurício Pacheco e Mariano Marovatto.
Direção Kitty Kiffer
Produção Cláudia Cohen, Fabiana Amorim e

Alexandre Brites

 

Horário: Sábados, à 1h30; e Sextas, às 20h

 

 


 

Programa de Cinema – Boleiros II, Vencedores e Vencidos

 

 

 

Dirigido por Ugo Giorgetti, o filme se passa em um bar, reduto de “boleiros” famosos, que está prestes a ser reinaugurado com a entrada de um novo sócio, o herói do penta, Marquinhos. Ali, várias histórias se cruzam, tendo o futebol como tema central das conversas.

Aproveitando o dia em que o famoso jogador está visitando seu novo investimento, o filme é quase um documento sobre as transformações pelas quais passou o futebol e seus protagonistas nos últimos anos. Tudo se passa nas novas instalações do velho bar, agora “repaginado” de acordo com o gosto dos novos donos. Restou no local, porém, um pequeno canto onde ainda se reúnem os velhos ex-jogadores que continuam conversando sobre futebol, contando histórias e experiências.

Segundo filme de Ugo Giorgetti sobre futebol, Boleiros II – Vencedores e Vencidos é um filme fracionado, quase em episódios, com muita comédia, muito drama e muita criatividade. Exatamente como o futebol.

O filme foi premiado no ano do seu lançamento no Festival Internacional de Nova York, no Festival Internacional de Miami, no Festival de Recife e na Mostra de Cinema de Tiradentes, Minas Gerais.

Ano de Produção: 2006. Gênero: Comédia. Direção: Ugo Giorgetti. Elenco: Jose Trassi, Flavio Migliaccio, Adriano Stuart, Denise Fraga, Lima Duarte, Cássio Gabus Mendes, Otávio Augusto, Paulo Miklos, Andréa Tedesco.

Horário: Sábados, às 23h

Não recomendado para menores de 12 anos


 

Observatório da Imprensa – 22h
Cerveja e Seleção


 

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não pode reclamar da falta de patrocínios. Grandes empresas de diversos setores dão suporte financeiro à entidade. A seleção brasileira é patrocinada por Nike, Itaú, Volkswagen, Gillette, Extra, TAM, AmBev, entre outras.

Os valores dos patrocínios têm muitos zeros. Como este ano a visibilidade da Seleção é maior devido à Copa do Mundo, as cotas sofreram reajustes, passando de 10 para 15 milhões de reais anuais. Levando em conta conta quem no site da Confederação, aparecem os 10 patrocinadores oficiais, o faturamento anual se mostra bastante considerável.

O que o Observatório da Imprensa quer debater, no entanto, é o fato de a marca de cerveja Brahma ser uma das patrocinadoras. O programa Cerveja e Seleção, que vai ao ar na terça-feira (15), às 22h, vai debater esse assunto.

Será que bebidas alcoólicas e futebol podem estar associados? Com tantas limitações nas propagandas de cigarros e bebidas, por que ninguém questiona esta associação a um esporte que tem justamente nas crianças e adolescentes um de seus principais públicos? Será que os valores são tão altos que a mídia prefere fingir a não ver? Alguns podem dizer que muitas outras seleções também são patrocinadas por cervejas. Mas será que isso justifica a entrada da seleção brasileira nesta lista?

Para debater essas questões, o apresentador Alberto Dines convidou o jornalista Erich Beting, especializado em jornalismo esportivo e diretor do site Máquina do Esporte; e o psiquiatra Ronaldo Ramos Laranjeira, coordenador do Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Drogas.

O programa ainda conta com a participação dos jornalistas Sílvio Bocanera ( via Internet) e Robert Galbraith, do Meio e Mensagem; do desembargador Aloísio de Toledo César, do Tribunal de Justiça de São Paulo e da psiquiatra Ilana Pinsky, vice presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (ABEAD).

 

Apresentação Alberto Dines

Horário: Terças, às 22h


 

 

3 a 1 – 22h

 

 

Convidados ilustres do futebol brasileiro

 

O programa 3 a 1 desta quarta-feira (16) trará como convidados os ídolos do futebol brasileiro, Evaristo de Macedo, um dos primeiros jogadores a irem para o exterior; Claudio Adão, hoje atuando como técnico; e Sávio Bortolini, craque que jogou no Flamengo e hoje ainda joga no time catarinense, o Avaí.

Juntos com o apresentador, jornalista Luiz Carlos Azedo, eles conversam sobre jogar futebol fora do Brasil, as dificuldades e o sucesso da profissão.Como lidar com o fracasso, a questão da compra e venda de jogadores e a referência do futebol brasileiro no exterior são outros aspectos do debate.

Evaristo de Macedo Filho começou a sua carreira de técnico no America em 1967, onde foi campeão do Torneio Internacional Negrão de Lima. Dali saiu para o Fluminense, em 1968. Jogou pelo Madureira, Flamengo, Barcelona e Real Madrid, sendo um dos melhores jogadores brasileiros em todos os tempos, consagrado também como um dos mais laureados treinadores do nosso futebol. Se aposentou do futebol, em 2007. Como técnico, ele dirigiu outras importantes equipes do futebol brasileiro como Flamengo, Vasco da Gama, Bahia, Grêmio, Corinthians, Santa Cruz, Vitória, Atlético Paranaense e Cruzeiro. Como técnico da Seleção Brasileira não teve muito sucesso. Dirigiu a equipe em 1985, pouco antes das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1986, no México. Mas acabou sendo substituído no cargo por Telê Santana.

Cláudio Adão iniciou a sua carreira profissional no Santos, em 1972, tendo jogado à época ao lado de Pelé. No Brasil, atuou no Flamengo, Botafogo, Vasco, Fluminense, Portuguesa, Corinthians, Bangu, Bahia, Cruzeiro, e outros clubes. Destacou-se no futebol internacional passando por times da Áustria, Emirados Árabes, Portugal e Peru. Como treinador, esteve à frente do Volta Redonda Futebol Clube (RJ) em 2006 e do Clube Atlético Metropolitano, de Blumenau (SC) em 2007. Em março de 2009, foi contratado pelo Ferroviário do Cabo, de Pernambuco, para a disputa da Série A2 do Campeonato Pernambucano. Em 2010, treina o Duquecaxiense.

Sávio Bortolini. Revelado nas divisões de base do Flamengo, começou sua carreira profissional em 1992, quando tinha apenas 18 anos de idade. Fez sucesso no futebol espanhol, onde atuou pelo Real Madrid, Zaragoza, Real Sociedad e Levante. Foi ídolo da torcida do Flamengo na década de 1990. Atualmente defende o Avaí. Depois de uma pesquisa realizada, entre crianças de colégios do Rio de Janeiro, Sávio foi escolhido e emprestou a sua imagem para criar a revistinha “Savinho”, uma publicação que foi distribuída nas escolas do Rio, para ilustrar o Estatuto das Crianças e Adolescentes, assim como seus direitos e obrigações.

 

Horário: Durante a Copa do Mundo o 3 a 1 irá ser exibido às 22h.

 


 

 

Interprogramas

A África no Brasil – a série de interprogramas sobre a relação entre Brasil, África e Copa do Mundo

A relação entre brasileiros e africanos – que moram no Brasil e nasceram em países que participam da Copa do Mundo – será o foco da nova série de interprogramas que a TV Brasil começa a exibir em junho. Eles pretendem mostrar como é atualmente a representatividade da África no Brasil, a partir dos seis países que têm equipes na maior competição mundial de futebol.

Ao todo, serão seis interprogramas. Cada um deles vai retratar um país africano presente na Copa de 2010: Costa do Marfim, Nigéria, Camarões, Argélia, Gana e África do Sul, sede da competição. No formato documental, os filmetes pretendem mostrar o cotidiano de cada representante desses países, suas expectativas, culturas e realidades. E, principalmente, a ligação que cada um tem com o futebol.

A história é narrada em off pelo personagem, que fala da cultura de seu país, das semelhanças com o Brasil, passando pelo futebol. Os cenários são a casa onde vive ou algum lugar específico, que remeta ao país de origem.

Nunca houve a participação de tantos países africanos na Copa do Mundo, como também nunca houve uma Copa do Mundo na África. Coincidência ou não, o certo é que nunca se falou tanto sobre o continente que influenciou definitivamente a cultura brasileira. Ou seja, falar da África é falar do Brasil. Países irmãos, marcados pela cultura negra, pelo futebol arte e pela brincadeira. E, claro, pelo futebol aprendido nas ruas, hoje revelador de grandes jogadores.

 

Mais detalhes

 

Gana – O personagem é o músico Nabby Clifford, que usa o rap para falar de sua cultura e da importância do futebol. Ele faz shows e está gravando um CD. De seu país de origem destaca a autoestima e a alegria do povo, que mesmo com diversos problemas até de infraestrutura, está sempre de cabeça erguida. O interprograma foi gravado na colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde ele mora. O personagem cita jogadores que gosta e fala que quer ver Gana ganhar.

Costa do Marfim – São dois personagens: Michel Kouamé, tradutor e intéprete; e Badou Koffi, estudante de pós-graduação da USP. Ambos vivem em São Paulo. O interprograma foi gravado no parque do Ibirapuera, onde os dois se encontraram para um bate papo e bater uma bola. Eles contam sobre a cultura da Costa do Marfim e falam do futebol. Badou joga todas as fichas em seu time e aposta: a Costa do Marfim irá vencer o Brasil por 2×1. Cantam música da torcida marfinense, que diz que nem o Brasil poderá “dar medo”.

Argélia – Também participam dois personagens: Hocine Achiri, que vive em São Paulo e está no Brasil há 15 anos; e Lahcene Messaoudan, que mora na cidade de Santos (SP) e está no Brasil há 4 anos. São muçulmanos e a religião é bastante presente na vida deles. A cultura de seu país, a Argélia, não tem muita semelhança com o Brasil, mas ambos se sentem bem vivendo aqui. A mesquita é o lugar que mais representa a cultura dos dois. O interprograma foi gravado em Santos e também em uma Mesquita na capital paulista.

África do Sul – O personagem deste interprograma se chama Russel Rive e mora no Rio de Janeiro. É engenheiro eletrônico, trabalha com software e está casado com uma brasileira. A gravação foi no bairro Jardim Botânico, lugar de natureza e área verde predominantes. Culturalmente e de um modo geral, não há semelhança entra a África do Sul e o Brasil. No entanto, ele se sente acolhido pelos brasileiros. Russel torce pela África do Sul, mas o Brasil é a sua segunda opção.

Nigéria – O personagem se chama Fola Ayodele e pertence à etnia Yoruba. Considera a cultura do Brasil bastante parecida com a da Nigéria e se “sente em casa”. A gravação foi no Rio de Janeiro, onde ele passeou pelas ruas da Lapa. Durante a gravação, Fola canta uma música da cultura Youruba e uma outra que simboliza a festa do gol em seu país. Ele diz que vai torcer para a Nigéria. E, claro, se o Brasil vencer ficará feliz também.

Camarões – A personagem é Marie Caroline, uma jovem estudante de engenharia de petróleo. Ela mora em uma república de estudantes de Niterói (RJ). Seu país de origem, Camarões, não se parece em nada com o Brasil. Na sua opinião, porém, o modo de vida das pessoas é bem parecido. Tanto lá como no Brasil o povo é animado, feliz, caloroso. A paixão pelo futebol é igual nos dois países e como aqui, lá também é uma festa. Caroline torcerá para o Camarões, mas diz que, em qualquer outro jogo, torcerá para a seleção brasileira. Quando o time faz um gol, ela se lembra de uma canção que canta sempre com os irmãos.