Contagem regressiva: em breve começa um tempo de festa, encanto e fantasia. Em fevereiro, brasileiros em diferentes regiões do país terão quatro dias de folia com o Carnaval, quando expressões culturais diversas são celebradas e multidões cantam suas dores e alegrias. Neste clima de comemoração e brincadeira, a Programadora Brasil pede passagem nas avenidas dos sambas, blocos, frevos e desfiles para sugerir a programação de títulos sobre o festejo e seus ritmos mais expressivos. Neste Informativo, são destacados 17 títulos para sessões especiais sobre o tema, entre longas, médias e curtas-metragens; incluindo animações, ficções e documentários.

Destacando o carnaval como espaço para conflitos narrativos, os curtas Santa de Casa (Programa 93), de Allan Sieber, e A Moça que Dançou Depois de Morta (PGM 34), de Ítalo Cajueiro, têm seus personagens vivendo momentos decisivos em meio a festividade. No primeiro, uma promessa terá que ser cumprida e no segundo uma paixão tem início. Os longas A Lira do Delírio (PGM 84), de Walter Lima Jr., e Linguagem de Orson Welles (PGM 20), de Rogério Sganzerla, também entram na lista. A ficção gira em torno da solução de um crime cujas respostas podem estar num carnaval passado e o documentário é um ensaio sobre a vinda do cineasta americano ao Rio de Janeiro e uma descrição do carnaval carioca.

Ainda no universo do feriado no Rio de Janeiro, o curta Jorjão (PGM 96), de Paulo Tiefenthaler, traça um perfil do diretor de bateria de escolas de samba Mestre Jorjão, famoso por sua criatividade ao apimentar o gênero com paradinhas e batidas funks. Para as crianças são destaques duas animações com bonecos Lego feitas pelos autores da TV Morrinho, moradores da Favela do Pereirão, na Zonal Sul do Rio de Janeiro. São os curtas Acadêmicos do Morrinho parte 1 e Acadêmicos do Morrinho parte 2 (PGM 97), dirigidos por Chico Serra, Fábio Gavião, Nelcirlan Souza e Renato Dias. O primeiro retrata o nervosismo do intérprete da Acadêmicos do Morrinho e o segundo um desfile da Escola.  

Já os ritmos que remontam ao carnaval em outros estados são abordados por quatro títulos do acervo da Programadora Brasil. O longa Samba Riachão (PGM 18), de Jorge Alfredo, é um documentário que traz o relato do cronista Riachão sobre as transformações da música popular brasileira no século XX. Fluoresta do Samba (PGM 101), de Marcelo Pinheiro, é um curta sobre o músico pernambucano Siba Veloso, que lota shows excursionando pela Europa. Já o média Geraldo Filme (PGM 96), de Carlos Cortez, aborda o universo do samba e da cultura negra paulista a partir da obra do compositor Geraldo Filme. Outro sambista que tem seu perfil traçado é Germano Mathias, no curta O Catedrático do Samba (PGM 18), de Alessandro Gamo e Noel Carvalho.

Outras seis produções giram em torno da temática do samba e da boemia carioca. Os curtas Batuque na Cozinha (PGM 96), de Anna Azevedo, e Do Dia em que Macunaíma e Gilberto Freyre Visitaram o Terreiro da Tia Ciata Mudando o Rumo da nossa História (PGM 24), de Sérgio Zeigler e Vitor Ângelo, retratam o nascimento do samba. Compositor histórico, o sambista Noel Rosa vira personagem em dois curtas: Polêmica (PGM 24), de André Luiz Sampaio, e Com que Roupa? (PGM 24), de Ricardo Van Steen. Por fim, a Lapa é palco para uma ficção inspirada nos sambas de breque de Moreira da Silva e Miguel Gustavo no curta Operação Morangueira (PGM 24), de Chico Serra, e a Zona Portuária do Rio é cenário para um menino que testemunha o surgimento do Choro em Alma Carioca – Um Choro de Menino (PGM 25), de William Côgo.

Aproveite as dicas, confira as sinopses, as classificações indicativas e durações dos títulos em www.programadorabrasil.org.br para programar já as suas sessões. Os associados que encaminharem os calendários para webpb@programdorabrasil.org.br ou atendimento@programadorabrasil.org.br  receberão por e-mail fotos e materiais para divulgação das sessões.

Seminário Internacional realizado em Atibaia discute cineclubismo

Entre 20 e 25 de janeiro, foi realizada a quarta edição do Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual (FAIA), onde ocorreu o seminário internacional “Cineclubismo: Memória, Educação, Identidade e Diversidade Cultural”. Na última sexta-feira, o diretor da Cinemateca Brasileira e da Programadora Brasil, Carlos Magalhães, debateu o tema “Cineclubismo e Memória”, com participação de Laura Godoy (Cinemateca do Equador), Gabo Rodrigués (Mundokino, México), Thiago Lima (Cinemateca Catarinense), Cicero Arangón (Fundacine) e Felipe Macedo (CNC).

Durante o Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual, ocorreram também a assembléia do Congresso Brasileiro de Cinema (CBC) e as eleições da entidade, além do IV EIAC – Encontro Ibero Americano de Cineclubes, que reúne dez países ibero americanos. O Festival de Atibaia recebe apoio do Ministério da Cultura através do Fundo Nacional de Cultura (FNC) e da Lei Rouanet.