A noite de domingo, 3, foi a vez da senhora Barreto, a produtora Lucy Barreto, receber o troféu Eusélio Oliveira, no Cine Ceará. Betty Faria foi quem entregou a homenagem, destacando que Lucy, “sempre audaciosa e apostando em novos diretores”, foi responsável por alguns dos melhores filmes que atriz fez na vida, como “A Estrela Sobe” e “Bye Bye Brasil”. Muito emocionada, Lucy subiu ao palco para dizer que essa foi a primeira vez em que foi homenageada no Brasil. Ela chamou o marido, o produtor Luiz Carlos Barreto, ao palco, que se declarou: “o melhor filme de amor que eu fiz na vida foi o meu com ela”. O Cine Ceará, festival ibero-americano de cinema, acontece de 1º a 8 de junho, no Theatro José de Alencar, em Fortaleza.

A competitiva de longas seguiu com a exibição de “Fecha de Caducidad”, da diretora mexicana Kenya Márquez. O filme foi apresentado pela atriz Marisol Centeno, que destacou a importância de buscar espaço para o cinema latino americano dentro do próprio território. A ficção de humor negro narra o desequilíbrio de uma mãe quando seu filho desaparece. Esse foi o quarto título exibido em competição, de um total de nove. Antes, a disputa pelo troféu Mucuripe de curta-metragem teve prosseguimento com “Lambari”, do mineiro Márcio Soares.

A terceira noite do Cine Ceará terminou com a exibição, fora de competição, do documentário “Cego Aderaldo – o Cantador e o Mito”, do realizador cearense Rosemberg Cariry. O personagem foi exibidor de cinema na década de 1930 e levou a cantoria para grandes capitais, onde era saudado como figuras da dimensão de Padre Cícero e Lampião.

Nessa segunda, 4, a competitiva de longas segue com a aguardada presença de uma prata da casa. A cearense Roberta Marques entra na disputa com “Rânia”, seu primeiro longa, com Mariana Lima no elenco. De temática urbana – o que é raro entre os filmes produzidos na região – o longa foi eleito o melhor filme na mostra “Novos Rumos”, no Festival do Rio em 2011. Entre os curtas serão apresentados “Santas”, de Roberval Duarte (RJ); e “Três Vezes por Semana”, da gaúcha Cris Reque.

 Programação completa em http://cineceara.com/

 Cine Ceará 2012

Na mostra competitiva de longas-metragens, concorrem nove títulos – sete ficções e dois documentários, sendo sete inéditos no país. São eles: o documentário “Bertsolari’, de Asier Altuna, Espanha; “Distancia”, de Sergio Ramírez, Guatemala; “En el Nombre de la Hija”, Tania Hermida, Equador; “Febre do Rato”, Cláudio Assis, Brasil (exibido no Festival de Paulínia); “Fecha de Caducidad”, de Kenya Márquez, México; “Futuro do Pretérito: Tropicalismo Now!”, documentário de Ninho Moraes e Francisco Cesar Filho, Brasil; “Rânia”, de Roberta Marques, Brasil (exibido no festival do Rio); “Un amor”, Paula Hernández, Argentina; e “Violeta se Fue a los Cielos” (“Violeta Foi para o Céu”), de Andrés Wood, Chile.

O Cine Ceará, festival ibero-americano de cinema que acontece em Fortaleza, faz parte da FF (Frente dos Festivais), ao lado dos festivais do Rio, Brasília, Gramado e Recife. O evento é uma promoção da Universidade Federal do Ceará, através da Casa Amarela Eusélio Oliveira, com apoio do Governo do Estado do Ceará por meio da Secretaria da Cultura e do Ministério da Cultura, através da Secretaria do Audiovisual. A realização é da Associação Cultural Cine Ceará, com apresentação da Petrobras e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com patrocínio da Oi, Banco do Nordeste e Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (SIEC) e da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

Fonte: Assessoria de imprensa