A Cinemateca Brasileira, instituição vinculada ao Ministério da Cultura, em São Paulo, está acolhendo três técnicos de Angola e um da Colômbia para estágio em restauração, conservação e difusão de acervos audiovisuais. Esta formação é um desdobramento dos acordos de cooperação bilateral entre o Brasil e esses países, que será realizado entre os dias 13 e 24 de julho.

Os estagiários angolanos Domingos Pedro Cunha Magalhães, Elsa Maria da Cruz Ramos e Patrícia Many da Silva Pires e o colombiano Atanacio Martinez Sanchez atuam nas áreas de preservação e difusão de acervos fílmicos. Estão participando de curso de aperfeiçoamento e no final do estágio está prevista a execução conjunta de um plano de reestruturação e difusão do acervo da Cinemateca de Angola.

Para os africanos, o curso é a etapa final do Projeto de Fortalecimeto da Preservação da Memória e da Produção Audiovisual de Angola, que vem sendo desenvolvido entre as pastas da Cultura de ambos os países desde janeiro deste ano. Durante esse período ocorreram em Luanda três oficinas ministradas por assessores técnicos do Ministério da Cultura brasileiro, para 52 funcionários da cinemateca do país africano. Foram aulas sobre produção, direção, roterização e finalização de trabalhos audiovisuais.

O acordo de cooperação técnica na área cultural entre Brasil e Angola também conta com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE) e do Centro Técnico Audiovisual (CTAv) da Secretaria do Audiovisual (SAv/MinC).

Ainda no âmbito do mesmo acordo está sendo implementado o Projeto de Fortalecimento da Gestão Cultural de Angola. Já foram realizadas cinco oficinas técnicas para a troca de informações sobre a gestão na área do patrimônio cultural, sob a coordenação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/MinC). Na área de museus, deverá ser realizado um seminário entre Brasil e Angola, coordenado pela Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC), para dar início a um projeto de ações conjuntas neste setor.

O estágio do aluno sulamericano faz parte de uma oferta de capacitação da Cinemateca Brasileira aos parceiros do Mercosul, dentro do acordo de cooperação bilateral Brasil-Colômbia, e conta com a apoio do Ministério da Cultura daquele país.